Alô,alô,alô moçada do chapéu grande.
De bota do cano longo.
Logo após as montarias tem viola e tem fandango.
Alô,alô,alô mulher loira ou morena.
Eu não faço muita escolha.
Hoje a giripóca pia,o pau quebra ou cai a folha.
No brete tem touro bravo,no lombo pião valente.
A arquibancada lotada,prá todo lado tem gente.
Na mesa da comição tem um grande presidente.
Homem guiado por Deus,presidente do pé quente.
Morena dos olhos verdes,cabelos preto e comprido.
Bem maior que o seu cabelo é o chifre do seu marido.
Desculpe se eu apelei,mais é que eu tive essa idéia.
São versos dos locutores brincando com a platéia.
Na festa nada me estroba,por falta de roupa nova,passei o ferro na véia.
O ditado foi criado prá alertar o destraído.
Conselho de pobre é dado.De rico ja é vendido.
Hoje cego não escuta e o surdo não quer enchergar.
Rico prá subir na vida os pobres têm que se agaixar.
Tá danado,eu tô lascado.
Eu sou pobre,eu tô ferrado.
Quanto mais o rico é rico,mais é privilegiado.
Rico é privilegiado até na escolha dos nomes.
É Jhon,é Paul,é Fred,é Mayck,é Jack é Jhonny.
Os pobres ja têm chará prá todo quanto que é canto.
Atôin,Bastião,é Zé,só coloca nome de Santo.
Tá danado,eu tô lascado.
Eu sou pobre,eu tô ferrado.
Quanto mais o rico é rico,mais é privilegiado.