participação especial: Rúben da Luz (trombone)
A oriente sábia gente diz que é circular
O nosso caminhar a cada dia
O trajecto da estrela guia
Morre e nasce outra vez
Se repete outra vez
Morre e nasce outra vez
Na minha mente o presente é mostra singular
Pegada vaga do que foi
Quando a areia desse tempo vão
Era ainda um castelo e não
Relógio partido no chão
Girou mais um dia, mais um ano
E meço a passos o equador
Buscando o teu meridiano
Pra me encontrar no teu país
Improvável sina de cigano
Que roda buscando a raiz
A casa, o chão, o tecto, o espelho
O amigo e o umbigo
A origem dessa linha
Fronteira tão sozinha
Distância absurda
Solidão sem fim
Solidão sem ti, sem mim
Olho-te sempre quando quero me orientar
E cada noite se faz dia em ti
No mesmo lugar
Quem dera um dia eu pudesse
Quem dera eu
A oriente despertar depois do breu
Quem dera eu
No revés do tempo e do céu