O Jardim
Gustavo Milfont
O Jardim- G. Milfont
Continuo esperando e não sei o que vai me acontecer,
Quero meu jardim de Rosas negras bem aqui aonde eu possa ver.
E se mal te pergunto onde foi que deixaste o teu perdão,
Onde escondeste a tua forca se sabes que teu estado jamais será nação.
Quero sentir o meu sangue escorrer, quando eu cortar meus pulsos
Só pra você ver.
E sentir meu coração parar, pra provar alguma coisa que eu queira mostrar.
Em meio a tanta coisa, eu encontrei teu coração sangrando, sozinho,
Em meio a escuridão.
Em meio a esse medo eu te encontrei a procurar em nosso jardim de rosas negras
Um lugar seguro pra ficar.
Te vi chorar procurando explicação, lutando, procurando explicação
Pras nossas guerras perdidas,
Pras nossas feridas da vida, querendo, tentando se levantar.
Se meus pulsos cortados fossem adiantar, minha alma riria
Ao invés de sangrar.
E sobre nossas vidas, nossos crimes a dois, sobre o nosso sorriso triste,
A tristeza estampada em nosso lar.