Fulanos E Sicranos en José Claudio Machado

Letra de musica Fulanos E Sicranos en José Claudio Machado

Fulanos E Sicranos
Fulanos E Sicranos

Pensei que fosse um galope, um sonho de a trote
Acariciando detoda
Esta milonga sem rima que enrrodilha nas clinas
Rejeita tudo que dobra
Podia ser de a cavalo este entono de galo este manejo
De freio
Esse olhar de posseiro amadrinhado dos tentos
Estima o suor que lhe sobra
Pensei que fossemos cúmplices, múltiplos meigos mansos,
Soltos vagos
Cabeça de gado potro e rodeio na leva dos arremates
Pensei que fossemos caça, várzea,rio cheio campo
Quebranto
Blanco, chimango peão e chibeiro,no aparte do buenas
Tardes

(ai milonga,milonga buena
Ai milonga,milonga buena)

Podia haver mais um catre, uma rodada de mate uma
Noitada, um afeto
Um bem-me-quer descoberto uma qualquer novidade alheia
A nossa vontade
Podia haver mais que terra,pouca miséria junta
Carreta
Soga ,soiteira canga e arado,benfeitoria e machado
Pensei que fôssemos fruto, suco, bagasso, lenha coivara
Verde queimada na alhenação das porteiras no mata-burro
A estrada
Pensei que fôssemos bando, nômades músicos mouros e
Manos
Fulanos,sicranos sábios paisanos no despertar das
Manadas

(ai milonga,milonga buena
Ai milonga, milonga buena)

Talvez me faça costado outra milonga ou gateado outra
Figueira,outra sombra
Outra paixão delongas,outra carícia antiga, mimosa
Como a saudade
Talvez nem seja preciso, usar o mesmo alarido do
Quero-quero teatino
Do boitatá de mangueira prá afugentar as ovelhas,
Arrebanhadas pro gasto
Preciso acostumar meu dom a aperfeiçoar a voz
Fortalecer o rebanho
Ah que tolice a minha fazendo a minha vidinha,
Ensimesmado de abraços
Preciso amamentar a fome toda dos guachos
Regar a sede dos pastos
Dar pérola aos porcos, fazer tudo o que eu gosto
Prá dar porfia ao passo

(ai milonga, milonga buena
Ai milonga, milonga buena)

Prá dar porfia ao passo

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