Luz Valenciana en Paulo César Feital

Letra de musica Luz Valenciana en Paulo César Feital

Luz Valenciana
Luz Valenciana

Dizem que Deus,
Cansado do Divino Ofício,
Redigiu um armistício
Deu um tempo à Satanás,
Vestiu-se de jardineiro,
Um velho bem brasileiro
Pra ter dois dias de paz.

Vasculhou a criação,
Com pá e ancinho na mão,
Despiu-se da onipresença,
Sentou-se numa nuvem imensa
De repente, achou enfim,
Um lugar pro seu jardim:
A cidade de Valença!

E como o Senhor é o Deus,
E Deus é surpreendente,
Resolveu criar pra Ele,
Um jardim bem diferente:
Plantou notas musicais,
Alguns bemóis,sustenidos
Ao invés de plantar sementes.
Um dó, um ré, um mi, um fá...
E o chão Ele orvalhou
Ao som de um choro dolente
no centro do jardim
Deus, estranhamente, plantou
Uma só roseira,
Que tão delicadamente
Concebeu uma só Rosa:
Uma Rosa violeira!!
E o som vindo da flor,
Tocou, enquanto tocou,
Toda a nação brasileira.

Um dia ela adormeceu
E nunca mais despertou,
E dizem que Deus voltou,
Vestiu-se de onipresença,
E todo dia Ele chora,
Todo dia a mesma hora,
Sentado na nuvem imensa.
Quem sabe cantando agora,
Não possamos emanar
Um canto prá despertar
Nossa Rosinha de Valença!

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