Meu tordilho roba moça
Meu tordilho roba moça
É bem mais pingo que os outros
Porque ainda se requinta
Porque ainda se requinta
com algum resquício de potro
Meu tordilho roba moça
Vai do manso ao mais maroto
Quando acha que é direito
Assombra o lado canhoto
Quando acha que é direito
Assombra o lado canhoto
Meu tordilho vem pra forma
E mesmo assim não se iguala
E mesmo assim não se iguala
Com o resto da tropilha
Que qualquer um embuçala
Fica bombeando altaneiro
Pleiteando a força que embala
Com grito de vira frente
Do peão da estância baguala
O grito de vir a frente
Do peão da estância baguala
Meu tordilho é bem assim
Da lua destapa o ninho
Sempre de cola aparada
E tosado de cogotilho
Te batizei roba moça
Pra lembrar quando te encilho
Da linda que eu carreguei
Na anca deste tordilho
Acolhero meu destino
Acolhero meu destino
Com tua gana de flete
Desdobro a volta que é minha
Desdobro a volta que é minha
Te faço abanar o topete
Conheço que a cincha aperta
Onde a função se repete
E o que vem nos teus encontros
Entra dobrado no brete
E o que vem nos teus encontros
Entra dobrado no brete
Meu tordilho roba moça
Xucra estampa de um bom pingo
Xucra estampa de um bom pingo
Quando vem pra os meus arreios
Da mala suerte me vingo
Balancei-me com tu rastro
Dos valores que destinguo
Junto ao fiador do rodeio
Ou num passear de domingo
Junto ao fiador do rodeio
Ou num passear de domingo
E no domingo que eu folgo
Eu marcho no mesmo trilho
Levando comigo um naco
Dos anseios que entropilho
Pra aquerenciar o carinho
Da moça flor do espinilho
Que eu roubei e carreguei
Na anca deste tordilho
Pra querenciar o carinho
Da moça flor do espinilho
Que eu roubei e carreguei
Na anca deste tordilho
Que eu roubei e carreguei
Na anca deste tordilho
Que eu roubei e carreguei
Na anca deste tordilho