Nasci do jeito mais rude,
Que possa ter conhecido
Do couro bruto... sovado
Feitio d’um buçal torcido
Se razão eu desconheça
Quando ajeitado pra lida
Vivi a golpes de potros
Carinhos... poucos na vida
Seria, bom tento pras rédeas
Dessas da trança redonda
De “bolichear” nos domingos
Luzindo a prata na bomba
Desfilar pelos setembros
Em cabrestos trabalhados
Talvez ter a mesma sorte
Feito dos outros ponteados
Aparecer nos retratos
Costear lua e madrugada
E esconder-me na testeira
Por uma “franja gateada”
Mas... “me tocou” os tirões
Na sina de couro forte
Sigo escorando tristezas
“Partir” um dia com a morte
Me juntarão os pedaços
Por motivos do estrago
Ressuscitar em remendos
Igual à alma que trago
Mas se assim... feio nasci.
Por favor, não leve a mal.
Deixe-me só em meu gancho
Não pedi pra ser buçal.