Eu bato perna de bota, eu bato boca.
E a boca bate na perna, a mão na massa.
São figurinhas trocadas, no dia-a-dia.
É marmelada na rua, é água fria.
A porta abre e a chave, armadura.
É duro o jogo da vida, dádiva.
Lá fora o escuro é claro, é transparente.
E dentro é fora é o centro, do pensamento.
Eu leio o livro à noite, do pensamento.
Eu leio no outono, inverno e verão.
Eu leio a diferença, dircenimento.
Eu leio o livro da água fria.
Água corrente que corre, ta na mente.
Que gente corre pra pegar, pegar o ônibus.
As seis da tarde é tumulto, tumulto tupi.
É o palitó com ó, é o sai daqui.
Eu leio o livro à noite do pensamento
Eu leio o outono, inverno e verão.
Eu leio a diferença, dircenimento.
Eu leio o livro da água fria.
É a cabeça que pensa, que dispensa.
Toda fonte do bem toda fonte do mal.
Que sai fumaça da massa, sai cachaça.
No outro dia é notícia no jornal.
Eu leio o livro à noite, do pensamento.
Eu leio no outono, inverno e verão.
Eu leio a diferença, dircenimento.
Eu leio o livro da água fria.